Jhessany e Yasmim
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Jorapimo
Em comemoração aos 20 anos da Ecoa a organização aproveita para homenagear um dos maiores artistas plásticos do Pantanal. José Ramão Pinto de Moraes, mais conhecido como Jorapimo.
Jorapimo nasceu em Corumbá em 1937 e se tornou artista autodidata na década de 1950, com o Pantanal como sua grande inspiração. O artista retrata os cenários da região, a natureza e o homem pantaneiro.
É quando pinta a flora pantaneira que Jorapimo, inspirado pelos mestres Gauguin e Cézanne, Van Gogh, Lasar Segall, Anita Malfatti e Cândido Portinari, consegue extravasar com emoção o amor à sua terra.
Jorapimo é um dos fundadores da Associação Mato-grossense de Artes (AMA) e, segundo especialistas em artes no Estado, foi o introdutor do expressionismo e da pintura moderna na região.
O corumbaense já participou de diversas mostras coletivas e individuais em Campo Grande, Corumbá, Cuiabá, São Paulo, Rio Claro, Campinas e Vitória. Suas obras já foram expostas também no Japão, Alemanha, Estados Unidos, Paraguai, Bolívia e UruguaEm comemoração aos 20 anos da Ecoa a organização aproveita para homenagear um dos maiores artistas plásticos do Pantanal. José Ramão Pinto de Moraes, mais conhecido como Jorapimo.
Jorapimo nasceu em Corumbá em 1937 e se tornou artista autodidata na década de 1950, com o Pantanal como sua grande inspiração. O artista retrata os cenários da região, a natureza e o homem pantaneiro.
É quando pinta a flora pantaneira que Jorapimo, inspirado pelos mestres Gauguin e Cézanne, Van Gogh, Lasar Segall, Anita Malfatti e Cândido Portinari, consegue extravasar com emoção o amor à sua terra.
Jorapimo é um dos fundadores da Associação Mato-grossense de Artes (AMA) e, segundo especialistas em artes no Estado, foi o introdutor do expressionismo e da pintura moderna na região.
O corumbaense já participou de diversas mostras coletivas e individuais em Campo Grande, Corumbá, Cuiabá, São Paulo, Rio Claro, Campinas e Vitória. Suas obras já foram expostas também no Japão, Alemanha, Estados Unidos, Paraguai, Bolívia e Urugua
Ana Ruas
Foto: arquivo |
No ano passado, Ana Ruas levou para o Centro Cultural José Octávio Guizzo o cotidiano dos vendedores |
“Desde que me mudei para Campo Grande, tenho produzido de forma intermitente. O catálogo abrange praticamente toda essa produção”, descreve a artista. Segundo ela, para quem conhece o trabalho será a oportunidade de rever algumas obras que já se perderam em razão do suporte escolhido pela artista. Já para quem não conhece, é a oportunidade de se aproximar das pinturas e intervenções feitas por Ana em locais como museus da Capital, ruas e prédios.
Oferecendo enfoque teórico, a pesquisadora e doutoranda em Artes pela USP, Ana Cândica de Avelar, discute questões acerca da história das intervenções e os artistas que se tornaram referência para quem escolhe este suporte. “Quando estava cursando Artes na Universidade de Passo Fundo tive uma disciplina chamada Pintura Mural. Foi assim que descobri meu apreço por essa arte de grandes proporções, que se tornou característica da minha produção”, argumenta a artista.
Com incentivo do Fundo de Investimentos Culturais de Mato Grosso do Sul (FIC/MS), foram produzidos 1,5 mil exemplares, que serão distribuídos para todas as bibliotecas da rede de ensino do Estado, tanto privada quanto pública. “Sempre fui muito ligada à educação e acredito que esse catálogo será uma forma de auxiliar os professores de arte na discussão sobre a disciplina com os alunos”.
Além das intervenções realizadas em Campo Grande, o catálogo conta com obras que foram levadas a outras cidades do País, como Maceió e Lagoa Vermelha. Ana também ministrará palestras em quatro escolas, municipais e estaduais, como contrapartida do projeto
Evandro Prado
Evandro Batista Prado, nascido em Campo Grande – MS, em 1 de outubro de 1985.
Bacharel em Artes visuais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul em 2006.
Bacharel em Artes visuais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul em 2006.
Com 22 anos e um currículo de causar inveja em muitos artistas. Ele já foi selecionado para participar do 5º Salão de Artes do Sesc Amapá e foi escolhido agora para participar do 59º Salão de Abril em Fortaleza, o único representante do Centro Oeste. Seus quadros são conhecidos pelas polêmicas que causaram, mas ele garante que a única coisa que quer é provocar a sociedade.
Nos trabalhos criados pelo artista a manipulação de imagens de segunda geração ocorre com a apropriação de ícones do catolicismo popular brasileiro, e com o questionamento de seus estatutos iconográfico e de significação. As representações de personagens sagradas em embalagens e em meios os mais diversos, possuem algo de kitsch, de banal e de descartável, resultado de suas inserções no sistema das imagens de consumo da sociedade atual. Walter Benjamin coloca que a reprodução em alta escala acarreta a extração da imagem da esfera sagrada e sua conseqüente introdução numa ordem expositiva onde acontece a perda da “aura”, do elemento único e venerável contido na imagem. São essas representações do sagrado sem “aura”, dessacralizado pela multiplicação, que Prado manipula com sentido crítico, operando com interseções entre a fé e a dúvida, a candura e a violência, o gozo e a dor, a vida e a morte.
Ícones religiosos produzidos, como qualquer outro produto, para o consumo massificado de uma sociedade que aspira a aquisição de valores espirituais e bens materiais capazes de amenizar a sua crise subjetiva. Entretanto, tal crise é irresoluta à medida que a subjetividade atual encontra-se manipulada pelo processo de consumo simbólico gerenciado pela indústria e pelos aparelhos publicitários. Apesar da multiplicação dessas imagens e dos discursos que as empregam, o processo cultural da sociedade contemporânea revela a ausência de lugar para o sagrado – que traz em si a noção de eterno –, pois nela tudo é descartável, efêmero e principalmente insatisfatório.Coca-Cola nossa que está na Geladeira
Santificado seja teu gosto
Vem a nós ao nosso copo
Seja feito o seu gás
Assim no bar como no restaurante
O copo nosso de cada dia nos dai hoje
Perdoai a Dolly
Assim como nós perdoamos o picolino
Não nos deixei cair no Guaraná Antartica
Mas Livai-nos da pepsi e suas imitações
Amém
Henrique spengler
Nasceu em Campo Grande, ainda Mato Grosso, em 06 de Fevereiro de 1958. Foi membro fundador da Leo Club de Campo Grande, participou das discussões sobre a Divisão do Estado (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), influenciou e foi bastante influenciado pelo ideal divisionista. |
Cursou por 2 anos a Faculdade de Medicina da UEMT, atual UFMS. Trancou a matrícula e mudou-se para São Paulo, onde fez outro vestibular, desta vez para Artes Plásticas na Fundação Armando Alves Penteado(FAAP), onde licenciou-se em Educação Artística e posteriormente pós-graduou-se em Metodologia do Ensino Superior.
De volta a Campo Grande, implantou e coordenou a Tainatur Galeria, onde realizou exposições com artistas de MS, MT e PR. A Galeria tornou-se ponto de encontro de artista e intelectuais para o trabalho de pesquisa, resgate, registro e difusão de estudos relacionados ao processo Histórico e Cultural de Mato Grosso do Sul; buscavam uma identidade cultural do povo sul-mato-grossense, procurando seus referenciais na etnia Guaicuru.
Iniciou sua produção artística, baseada na Iconografia nativa Mbaya Kadiweo Guaicuru. Spengler em parceria com algumas entidades culturais instituíram a Unidade Guaicuru de Cultura. A partir de então passou a participar assiduamente de todos os eventos culturais, na capital e no interior, especificamente de exposições e salões de Artes Plásticas, obtendo inúmeras premiações.
Spengler participou de exposições no interior do Estado, em Mato Grosso, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraguai, Bolívia, Canadá, Geórgia (EUA) e Portugal. Teve também suas obras expostas na Europa – Espanha, Inglaterra, França.
Cursou a Faculdade de História FUCMT (atual UCDB) em Campo Grande – MS onde se empenhou na criação do Centro Acadêmico de História Marçal Tupay de Souza, na valorização do estudo da História Regional.
Tornou-se professor de História Regional, especificamente a de Mato Grosso do Sul, e através de um trabalho pessoal de sensibilização de diretores de vários estabelecimentos de ensino, implantou e lecionou a referida disciplina em escola de 2º grau, em Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Coxim.
Ministrou aulas na Faculdades Integradas de Coxim (FICO), no curso de Turismo na disciplina de História e Patrimônio Cultural de Mato Grosso do Sul e no curso de Letras na área de Literatura Regional de Mato Grosso do Sul.
Foi também chefe da Divisão de Cultura no município de Coxim-MS, entre os anos de 1997/2000 e desenvolveu atividades como produtor cultural, pesquisador, historiador, e ambientalista.
Empenhou-se para que Coxim se tornasse Matriz Histórico Cultural de Mato Grosso do Sul e fosse reconhecida com Cidade Histórica Nacional por estar diretamente relacionada ao processo de expansão territorial do Brasil no século XVIII, em especial pelas questões relacionadas à “Rota Monçoeira”.
Segundo seu amigo Paulo Renato Coelho, Spengler viveu contra a ignorância. Talvez porque soubesse que só a ignorância é capaz de gerar monstros que se acham no direito de tirar a vida de alguém. Declarou ainda a este mesmo amigo seu amor por Coxim: “Sou feliz em Coxim. Gosto daqui. Vivo em paz aqui”.
Faleceu em 23 de Março de 2003 em Coxim-MS vítima de assassinato.
Lidia Bais
Seu nome é Conceição Freitas da Silva. Dos rápidos golpes de facão e machadinha vão surgindo da madeira bruta os "bugres de Conceição", principal escultora de Mato Grosso. Com profunda necessidade de fazê-los para satisfazer sua criatividade e garantir-lhe a sobrevivência, os bugres aparecem, basicamente, com a mesma seriedade com que ela prepara a comida ou varre o chão. Evidentemente, o fato não é notado pela artista, que não vê nessas figuras nenhum vestígio de deformação mas, pelo contrário, identifica-se com elas. Como elas os bugres são rudes. Também são as mesmas, a pureza e a simplicidade.
Conceição, começou a trabalhar a madeira, quando um dia se pôs debaixo de uma árvore e por perto tinha uma cepa de mandioca. Esta cepa tinha cara de gente para ela. Pensou em fazer uma pessoa e a fez. Logo depois a mandioca foi secando e foi se parecendo com uma cara de velha, ela pensou. Gostou muito e depois passou a trabalhar a madeira.
Entrevista de 1979: Como chegou a usar a cera nos seus bugres? - Uma vez eu sonhei que o Abilio (seu marido) foi ao mato e trouxe bastante mel; logo pensei em tirar a cera. Espremi ligeiro e pus no fogo a ferver. A cera ficou bonita, amarelinha e então eu peguei um pincel e comecei a passar cera nos bugres. No dia seguinte mandei I Ilton (seu filho) comprar a cera. eu ja sabia do efeito através do sonho, ja havia gostado.
....para mim a cera representa a roupa. Antes o bugre andava nu, agora anda vestido.
Nascida em 1914. Depois de sua morte em 1984, seu trabalho continuou sendo realizado pelo seu marido, depois por seu filho e atualmente por seu neto Mariano.
Conceição, começou a trabalhar a madeira, quando um dia se pôs debaixo de uma árvore e por perto tinha uma cepa de mandioca. Esta cepa tinha cara de gente para ela. Pensou em fazer uma pessoa e a fez. Logo depois a mandioca foi secando e foi se parecendo com uma cara de velha, ela pensou. Gostou muito e depois passou a trabalhar a madeira.
Entrevista de 1979: Como chegou a usar a cera nos seus bugres? - Uma vez eu sonhei que o Abilio (seu marido) foi ao mato e trouxe bastante mel; logo pensei em tirar a cera. Espremi ligeiro e pus no fogo a ferver. A cera ficou bonita, amarelinha e então eu peguei um pincel e comecei a passar cera nos bugres. No dia seguinte mandei I Ilton (seu filho) comprar a cera. eu ja sabia do efeito através do sonho, ja havia gostado.
....para mim a cera representa a roupa. Antes o bugre andava nu, agora anda vestido.
Nascida em 1914. Depois de sua morte em 1984, seu trabalho continuou sendo realizado pelo seu marido, depois por seu filho e atualmente por seu neto Mariano.
Conceição dos Bugres trabalhando
Lidia Bais
Vinte anos após sua a morte, a artista plástica Lídia Baís é alvo de peças, teses, biografias e sua obra é finalmente restaurada e reunida em exposições
Lídia Baís está mais viva do que nunca. A famosa frase que sempre profetizava aos familiares - ‘por minha causa vocês vão ficar na história’ - aos poucos vai fazendo sentido. Virou peça teatral, objeto de estudo acadêmico e biografia. Sua pequena obra começa a ser restaurada e os quadros expostos coletivamente, além de causar frisson no meio universitário, atraindo estudantes fascinados por sua história. Em 2005 foi uma das personalidades homenageadas do Festival América do Sul. É a volta por cima da campo-grandense que encaixotou os próprios quadros, viveu reclusa grande parte da vida e, sem dúvida, foi a primeira pessoa considerada artista em Mato Grosso do Sul.
Lídia Baís viveu entre 1901 e 1985. Seu pai, Bernardo Franco Baís, foi um dos fundadores da cidade e comerciante de sucesso. Após passar por vários internatos, a moça acabou indo morar no Rio de Janeiro para estudar pintura com Henrique Bernadelli, em 1926. No ano seguinte, fez uma viagem com o tio Vespasiano Martins para a Europa e entrou em contato com o surrealismo. Além disso, foi colega do pintor Ismael Nery durante uma temporada européia entre 1927 e 1928. Após o verdadeiro petardo cultural a que foi submetida, Lídia retornou ao Rio de Janeiro, estudou com os irmãos Bernardelli e fez estágio na Escola Nacional de Belas Artes com Oswaldo Teixeira. Em 1930, a família a obriga a retornar a Campo Grande, então uma cidade de 25 mil habitantes. Nesta época troca correspondências com o poeta Murilo Mendes, que lhe passa um pito na última das cinco cartas encontradas. “É preciso que você abandone completamente as fórmulas antigas, que de nada lhe adiantarão”, ordenava o poeta.
O estilo de Lídia pode ser dividido em dois períodos. A maior parte dos quadros segue o acadêmico-realista, a fórmula antiga a que se referia Murilo Mendes, como os retratos que ela fez de todos os irmãos, por exemplo. Mas o que impressiona e a diferencia é a fase modernista, em que flerta com o surrealismo.
Lídia Baís está mais viva do que nunca. A famosa frase que sempre profetizava aos familiares - ‘por minha causa vocês vão ficar na história’ - aos poucos vai fazendo sentido. Virou peça teatral, objeto de estudo acadêmico e biografia. Sua pequena obra começa a ser restaurada e os quadros expostos coletivamente, além de causar frisson no meio universitário, atraindo estudantes fascinados por sua história. Em 2005 foi uma das personalidades homenageadas do Festival América do Sul. É a volta por cima da campo-grandense que encaixotou os próprios quadros, viveu reclusa grande parte da vida e, sem dúvida, foi a primeira pessoa considerada artista em Mato Grosso do Sul.
Lídia Baís viveu entre 1901 e 1985. Seu pai, Bernardo Franco Baís, foi um dos fundadores da cidade e comerciante de sucesso. Após passar por vários internatos, a moça acabou indo morar no Rio de Janeiro para estudar pintura com Henrique Bernadelli, em 1926. No ano seguinte, fez uma viagem com o tio Vespasiano Martins para a Europa e entrou em contato com o surrealismo. Além disso, foi colega do pintor Ismael Nery durante uma temporada européia entre 1927 e 1928. Após o verdadeiro petardo cultural a que foi submetida, Lídia retornou ao Rio de Janeiro, estudou com os irmãos Bernardelli e fez estágio na Escola Nacional de Belas Artes com Oswaldo Teixeira. Em 1930, a família a obriga a retornar a Campo Grande, então uma cidade de 25 mil habitantes. Nesta época troca correspondências com o poeta Murilo Mendes, que lhe passa um pito na última das cinco cartas encontradas. “É preciso que você abandone completamente as fórmulas antigas, que de nada lhe adiantarão”, ordenava o poeta.
O estilo de Lídia pode ser dividido em dois períodos. A maior parte dos quadros segue o acadêmico-realista, a fórmula antiga a que se referia Murilo Mendes, como os retratos que ela fez de todos os irmãos, por exemplo. Mas o que impressiona e a diferencia é a fase modernista, em que flerta com o surrealismo.
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